segunda-feira, abril 02, 2012

Amar a Tua Mão

Intala em mim uma vontade inofensiva,
simples e pura, sem querer ousar, mas
intala em mim uma vontade de
descobrir com o paladar o caminho
do seu rosto, os carreiros em teu corpo.
Cheirar o teu cabelo que o vento beija
alegremente, eu gostaria de tatear-te
com a força de um amor bonito,
e os amores são lindos, não se deve
ter medo de amar,deve-se ter medo
de um dia deixar de amar. Mas o que
finda não é amor. O teu
coração é um reflexo da beleza da
aurora em dia e do brilho das estrelas
em noite. Você é a paz que eu procuro
é uma mulher feita diva, rainha, e
princesa, declaro-te e considero-te assim.
Quanto mais vislumbre encontro no
teu peito, mais estonteado fico, as minhas
palavras perdem o equilíbrio e o meu
coração fica desesperado quando concentra-te
em mim. A minha voz é fraca, mas com ela
posso gritar para o mundo que é uma
bela princesa. A candura que vejo no
teu olhar que me olha, casa com a que tenho
e dá vida a uma lembrança bonita,
a mais linda que não tenho.
As tuas pernas são macias, o tempo
contou-me, a água me disse que adora
banhar o teu corpo púrpuro e doce.
Os teus dedos podem tocar os meus
e fazer do tempo uma casa que pode
nos levar para um rumo único, posso
amar a sua mão, a tua singela mão,
tanto quanto posso amar seu corpo todo.

terça-feira, janeiro 31, 2012

Ah! Como é bela esta flor

Ah! Como é bela esta flor,
linda menina, doce criança...
ah como me perco na ternura
do teu encanto alva amante...


No teu riso eu perco
o sentido do olhar
esqueço do rumo
que iria tomar..


o meu caminhar
caminha para
onde posso ver
o teu coração
e no teu coração
procuro a beleza
toda que acalma
a alma e a vida....

sexta-feira, novembro 04, 2011

Vem Meu Amor

Em alegria,
canto pulando
na tristeza,
sorrio chorando
estou assim
começando a
viver bem.
Não sei que é,
sei que vem,
de longe ou
perto,
não sei quem é,
sei que tem,
amor em si,
afagos para mim.
Decido-me rápido
a estar contigo,
e com delongas
a ir embora de
teu abrigo.
Sensível,
Amante invisível
de seu sonho
distante.
Dedico-me
ao amor amigo
que vem,
de onde não sei,
sei que vem.
Com força e
carinho,
rosa e espinho
vem meu amor.

No Embalar

Embalo-me em pensamento
e me perco no tempo
não vendo a vida passar.

Embalo-me na vida
e vejo a mulher
chegar, ficar e chorar.

Embalo-me na lágrima
que vi cair e choro,
choro por chorar.

Embalo-me no riso
que me arranca riso,
rio pra não chorar.

Embalo-me em frio,
que com vazio
fazes-me parar.

Embalo-me novamente
para ver tua boca
a suspirar.

Embalo-me no coro
que me fazes cantar
silenciosamente.

Embalo-me enquanto
posso, até que a morte
venha me amar.

O Faça

Debruces teu rosto em minh'alma
Torne-se próxima de minha intimidade,
Tenha-me em tua palma
Veja-me como prioridade..

Pranteie-se em meu colo
Alimente vontade
Fecunde o meu solo
Com tua verossímil verdade.

Quando pousas tua mão aveludada
Sob a minha solitária
Sinto paz não camuflada
Euforia autoritária..

Caneta da Vida

Desde tão cedo
Aprendemos a sentir.
Tão cedo quando
Aprendemos a mentir.
Desde tão cedo
Aprendemos amar.
Tão cedo quanto
Aprendemos a falar.
Quanto ao ódio...
O aprendemos...
Não tão cedo! Mas
Aprendemos a odiar...
Não tão cedo quanto
Aprendemos
A pensar.
O ódio é um
Amor sombrio,
Uma tristeza morta,
Um desatino frio,
Que fecha a sua porta.
Já a esperança é
Um sentimento claro
Que ilumina o sombrio amor,
Perfuma-o com a flor e
Mostra-te que a caneta da
Sua vida sempre está
Em suas mãos.
Procure sentir todos
Os sentimentos,
Mas não procure estacionar
Nos piores... Você é quem
Escreve a sua história.
Você e sua vida é
Como se fosse a
Caneta e o papel.
Para que a tristeza fique
Basta dizer “fique tristeza”.
Para que ela vá embora
Basta dizer “tragam-me mais whisky”.

terça-feira, março 29, 2011

Quando o sono não vem

Quando o sono não concede-me
O ar de sua graça pelo anoitecer,
Pensamentos breves, ideias pequenas
Convidam mais e mais ideias e pensamentos
Para se deitarem comigo, perfumes, odores,
Não se deitam junto de mim devido
A necessidade quem tais tem
De estarem sempre livres ao ar.
Lembranças e rostos antigos
Turvos do passado,
Ah! Estes fazem questão
De me fazerem companhia
Até que o sono chegue.
A estas alturas ele ja vem vindo,
Vem a pé eu suponho,porém,
Creio que até o fim de minhas palavras
O sono deva chegar.
As faces do tédio trocam algumas
Palavras comigo, empolgam-se
E vão ficando até que algo acuda-me e ocupe-me.
Fui até a janela, contemplei a chuva,
Procurei um passarinho, dois, três..
Enquanto espero meu amigo sono aparecer.
Em hora perguntei-me se houve sono
Por parte do meu sono e ele adormentou-se
No caminho e esqueceu-se de mim.
Procurei lágrimas para chorar,
Sorrisos para esbanjar, procurei apressar o tempo.
Disse ao tempo que outrora
Quando me tinha nos braços
De uma doce criatura ele corria sem cessar,
Mesmo lendo nos meus olhos
Que minha vontade era de que ele
Se assentasse e me assistisse ser feliz.
Agora quero que corra, ele decide se assentar
E me assistir desatinar.
Minhas chinelas ja se cansaram
De meu pés, talvez o sono delas
Já tenha chegado,
E o meu onde está ?
Sera que parou para beber
Alguns tragos em um bar?
Encontrou alguém melhor
Para adormentar?
Ah! Sono meu, maldito!
Tu que não veio me acudir,
Deu-me sono de tanto lhe esperar
E hoje me irei dormir sem ti.

quinta-feira, março 10, 2011

Consolo Enxuga Lágrimas

Se pudesse eu trazer aqui o canto dos pássaros, o coro dos rios, eu os traria, não podendo os trazer aqui para melhor pincelar o cenário do causo que irei vos contar, limito-me a dizer que és um remanso intenso e bonito.
Sol, calmaria, dia belíssimo. Um nascimento. Esperem um minuto, desculpem-me por ainda não vos contar o nome do lugar que acabara de receber uma criança, o lugar autor de tanto remanso se chama “Estrela”, localizado no estado “Céu”, perdoem-me a ironia e a falta de criatividade para com nomes fictícios, não capturei nome melhor, e o original ficaria pior.
Tornando ao dia do nascimento de uma moça bonita, esbelta, robusta e mais tardar muito risonha. Agora não me demorarei em revelar o nome para que não me esqueça novamente, pois como pensava Mário de Andrade, “ O passado é lição para se meditar, e não para se reproduzir”. A moça se chama “Jeinifer de Albuquerque”.
Desde pequena o calor da família lhe era próximo e muito íntimo. A menina assim cresceu e se tornou dengosa e amável também para com os outros. Adora a casa em que mora e aos amigos que estas a fazer com apenas cinco anos de idade, fã de cinema e muito lhe agradavam os poemas.
Quinze anos é a idade da menina agora, não te desespere o tempo passa depressa somente em história ou dias magníficos. Jovem ainda, porém, a inteligência que possuía não se casava com sua idade, era uma mulher com roupa e corpo de menina, mas acreditem, já era uma mulher. Apanhava borboletas e contemplava-as em sua mão, soltava-as e contemplava-as olhando-as ao vento. As chuvas muito lhe divertiam, fortuitamente perguntou um dia a seu pai Antero(não o de Quental, esse é outro Antero):
- Papai, chuva é lágrima de nuvem ?
- Sim, minha pequena, o pranto das nuvens colhe os sorriso das flores que tu gosta tanto – Respondeu Antero com zelo e riso.
A resposta muito agradou a pequena que agora gosta ainda mais das flores por terem uma paixão em comum, a chuva.
Em um dia a beleza frequente dos dias se ausentou, este era um dia diferente, um pouco nublado e um pouco escuro. D.Manuela, mãe de Jeinifer entra enlouquecida na sala a lançar palavras ao ar:
- Vamos todos nos mudar, deixaremos a manhã a cidade “Estrela” – Disse afirmativamente D.Manuela.
- E para onde é que iremos – Triste e curiosa indagou Jeinifer.
- Ainda não sei, o que sei é que o remanso desta cidade esta por me enlouquecer – Desabafou Manuela.
A pequena as pressas saiu correndo para fora como se tivesse o dever de se despedir de tudo, das árvores, peixes, dos futuros cândidos amores que ali faria.
Assim como informou D.Manuela todos mudaram-se na manhã seguinte, foram para a cidade de “Girassol”, localizada no estado “Confusão”. O autor desses nomes exóticos deve de divertir, você por acaso morou no estado “Confusão” ? Certamente sim, ainda não estou inteiramente louco.
Novo lugar, vida nova, isso atrapalharia a felicidade e a graça que moravam no coração da pequena? Pois sim, como mencionei no quinto parágrafo ela agora tem quinze anos e é dai para adiante que a criança começa a perder o maior tesouro existente no mundo, a inocência.
Na vida encontramos muita coisa, exceto a inocência q se perde ao longo da vida e não nos acompanha até o ato de falecimento.
Nesta nova fase da vida de Jeinifer ainda não fizera amigos, então a vida lhe apresentou um de seus filhos, a solidão, que acabou por fazer uma amizade breve com Jeinifer. Começando os estudos, conheceu e fez novos amigos, os breves, os brevíssimos e os eternos. Delineava-se ali outra fase de sua vida.
Pouco sentimento os brevíssimos derrubaram em seu coração, tão pouco desejava ela doses maiores. Os eternos se mostraram em aspectos traiçoeiros e mesquinhos, mas o que se poderia fazer? Eram assim os eternos.
Fagulhas de descontentamento estavam ao colo da pequena, que chorava, recusou as lágrimas mas estas não se importaram com a rejeição e se vieram, a família inteira, a pequena chorava tanto que se eu não soubesse nadar morreria agora e a história não poderia terminar. Desculpem-me por ser enfático demais, mas de fato ela chorou..chorou.. Era a saudade de suas árvores da terra natal, dos peixes e dos cândidos amores que la nunca pudera fazer devido a sua mudança.
Eis que aparece um jovem na vida da pequena, o menino realmente não era bonito, mas era o autor de pensamentos interessantes.
A pequena só via escuridão no céu que a muito lhe fizera sorrir outrora, quando mais jovem. O jovem atendia pelo nome de Pablo assim como o nome de seu autor.
O menino assistindo tamanha tristeza por parte da pequena disse-lhe algumas palavras:
- Hoje o céu amanheceu risonho, feliz encantador, se me deparo e olho com mais atenção, vejo teu semblante fazendo companhia a lua e suas estrelas – Exclamou Pablo com zelo e gosto.
A menina trocou o pranto incessante por um sorriso largo e gostoso de se ver, achou tão bonitas as palavras de Pablo que não se conteve e sorriu.. sorriu..
O menino ainda disse mais:
- Tua arte de criança não é criancice, é fruto de alegria em meninice, não apanho tuas lágrimas como fraqueza mas como um simples desabafo e cena de pintura, que se fosse eu pintor, te juro, eu lhe pintaria – Exclamou Pablo todo em riso.
A pequena estava abismada com a peraltice do menino, era abusado e muito inteligênte, sem que ela notasse estava tão feliz quanto estava no estado de “Céu”.
Em certo instante com um ar de curiosidade pergunta o pequeno:
- Porque teu coração não és um livro?
- Ora! Por que és um coração. – Retrucou Jeinifer rindo.
- Se fosses um livro a cada manhã eu o leria ao acordar e ao anoitecer, antes de me deitar.
A pequena sorria. Sabe que da vida os momentos mais inesquecíveis são momentos como este, a memória não se esforça em os guardar, eles que insistem em ficar.
O advento de uma vida nova na vida de Jeinifer com certeza a fez muito bem. Pablo era um menino singular, era muito curioso e também afetuoso. A pequena não sabia de onde havia saído aquele menino que aparecera muito fortuitamente, mas sabia que já gostava muito dele. Em casa pensava consigo mesma em fazer mil ou talvez mais perguntas ao pequeno. A luz de seu quarto lucilava, até que se apagou de vez e fez com que a pequena adormecesse.
Pela manhã cai um meteoro de força desconhecida na casa de Jeinifer, sua mãe mais uma vez vem por lançar palavras no ar mas dessa vez eram palavras pesadas e tristes para os seus entes. Momentos que jamais foram esperados dentro daquela família, houve o episódio da mudança é verdade, mas não se compara ao que vais ler em breve.
D.Manuela dizia não conseguir mais fechar os olhos em sequer uma noite, dizia ter um remorso intenso e doloroso, resolveu emanar aquela noticia de si, mesmo que as consequências dessem continuidade a sua insônia. Sem se alongar mais pediu que Antero se sentasse junto de si, talvez seria o último juntos da vida do casal. Onde se encontra um pintor para que possa ir registrando esses momentos singulares desta história ? Se tu que agora me lês for pintor, faça esse obséquio.
D.Manuela com a voz tensa e um pouco rouca disse a Antero:
- Jeinifer, não é sua filha, quando morávamos em nossa antiga casa cai em um pecado, em uma noite pela madrugada afora me encontrei com um antigo amigo seu de colegial conversamos tanto que caímos em um clima que avançava e muito o estágio amistoso. Por isso quis sair as pressas daquele lugar, lhe pesso perdão querido.
- Que os meus sentimentos de paz para contigo não se sujem com sua noticia sórdida. Com meu sangue ou não aquela pequena é minha filha, pela manhã irei para outro lugar repousar meus pensamentos e refletir, lhe agradeço por não ter mencionado o nome de meu falso amigo de infância. – Disse Antero calmo e frio.
D.Manuela ficou pasma e ao mesmo tempo aliviada, sabia que ainda não lhe acolheriam as noites de sono, mas fez o que o peito bradava.
Para a pequena o mundo havia desabado, ninguém havia lhe contado ainda o que acontecera mas seus passos silenciosos a permitiram ouvir todas as palavras de sua mãe.
Correu para um ermo qualquer, buscava um instante de tranquilidade para acalmar sua cabeça que doía de um jeito que não posso escrever, mas digo que nada mais é doloroso que se não a própria dor.
Contudo, não esquecera do pequeno menino, e como esqueceria, o momento pedia ele e ela não sabia onde o encontrar, as mil perguntas que moravam provisoriamente em sua cabeça permaneciam la, não viu mais o menino desde que o conhecera. Tão pouco conhecimento a respeito de Pablo o fizeram um menino misterioso, sendo assim para ela mais interessante. Sonhava com uma paixão de livro ou novela, algo intenso que apagasse do peito os escritos doloridos com uma boa borracha para no lugar tatuar um grande amor.
Jeinifer já se encontrava em desatino quando Pablo mais uma vez aparece para lhe amparar as lágrimas, mas dessa vez não com suas palavras, mas com o calor de seu corpo e de seu amor que brotava e crescia assim como planta no coração do pequeno. Sim é certo que era apenas o segundo encontro dos dois, mas o coração deles não precisou de mais para logo se entender. Se não entendes um amor assim nunca assistiu novela ou foi criança um dia.
O romance dos dois começava a tomar forma assim como o corpo dos jovens. Os estigmas dos acontecimentos particulares de Jeinifer de fato perderam lugar para o amor de Pablo, porém nunca esqueceu-se de seus pais. Depois de sair de casa o pai passou a morar sozinho mas nunca se afastou de Jeinifer e espantosamente também não de Manuela. D.Manuela vive sozinha em uma agonia de despertar pena em qualquer um, mas se mantém disponível a Jeinifer e Antero.
O tempo passou e agora a pequena vais fazer vinte e oito anos, a partir daqui não posso mais me referir a ela como pequena, agora és uma mulher feita com roupa e corpo de mulher, embora ainda guarde consigo muito de sua meninice.
Pablo por sua vez é mais velho, tens já completado trinta anos, seus mistérios foram todos descobertos pelas mãos tateantes e curiosas de Jeinifer, seu ar de mistério se perdeu, mas não seu esmero e afeto que sempre se mantiveram intactos.
Jeinifer sempre estudou e chegou aos seus vinte e oito anos de idade formada em pedagogia, e adorava um bom livro que lhe rendesse boas ideias para devolver para Pablo um pouco dos graciosos carinhos que habitavam em seus versos.
Em alguns anos Jeinifer casa-se com Pablo que veio a ser poeta, para Jeinifer ele era um poeta particular,o poeta de uma única mulher. Muito tempo depois daquelas mil perguntas elaboradas na cabeça de Jeinifer teve tempo de fazer cada uma, até passou disso. Descobriu o nome da cidade que o atual nobre poeta Pablo nascera, a cidade chama-se “LuaSol”.
Vês leitor? Quanta ironia minha falta de criatividade para com os nomes de cidade se puseram a propor.Lembra-te ainda o nome da cidade que nascera a pequena Jeinifer? Se não te lembras irei lhe recordar, chamava-se “Céu”, meto tudo assim em aspas pois nunca vi cidades de tal nome, somente as deste conto.
Enquanto dia quem está próximo do céu é o sol, e quando noite acontece o mesmo com a lua, as duas cidades beberam de minha ironia e fizeram-se certa uma para com a outra, e os jovens um para com o outro próximos tanto quanto o amor lhes permitia ser.
Os ardentes desejos virgens ainda de sexo de ambas as partes foram saciados conjugalmente. Sim, um amor bonito como esse não poderia deixar de ter um fruto, um filho. Daria-vos alguns detalhes do caso sexual em que ambos eram virgens e apaixonados, mas desconheço vossa idade e creio que então já vos contei o bastante.
O pequeno filho veio algum tempo depois e deram-lhe o nome de Olavo, um pouco pelo gosto que tinham pelo escritor Olavo Bilac, e um pouco pela sonoridade suave e bela que o nome carregava.
O menino assim como sua mãe era corriqueiro, brincava com as borboletas e se zangava com as abelhas que metiam ferrão aos dedos por querer tê-las em sua mão para contemplar. Acordei sua reminiscência? Exatamente assim era sua mãe, mas talvez ela fosse mais esperta que contemplava em sua mão as borboletas e não as abelhas. Semelhanças com sua mãe em arte de infância, em sua profissão não houve semelhança com de sua mãe tão pouco com a do pai, Olavo se tornou músico.
Não carregava consigo versos apaixonados como os do pai, não se pegou a tentar compor, apanhou os do pai, fez música. Melodias agradáveis emanavam do violão de Olavo, canções belas como as de Chico Buarque.
A família nunca fugiu do equilíbrio e paz que habitava em sua casa, afinal, porque fugir desse clima harmônico, se esta tudo tão bem assim...

quarta-feira, março 02, 2011

Composição

O que compõe minha composição?
Minhas mãos, oh!
A minha direita dedilha as cordas,
A esquerda constrói o acorde..
Sim, eu toco violão,
Agora só me falta
Tocar teu coração...
Sente comigo
Ouça de meu instrumento
O que não se consegue sair
De minha voz..de meu silêncio..
Quanta omissão caro compositor,
Vá, ande, toque teu violão..
Sim, eu toco violão, só me falta..
Que seria de minha vida,
Se não fosses a poesia..
Sem ela eu não saberia,
Eu não saberia tocar violão,
Tão pouco..teu coração..

domingo, fevereiro 27, 2011

Sorrisos

Muito me espanta,
a tamanha facilidade que tens,
de me colher sorrisos..

Brincando de Amor

Talvez tu me ame..
Ama-me de mansinho,
Ama-me de quietinho
Minhas palavras lhe vestem
Assim como meu carinho..

Como refrão
Entras em meu coração, a cantar..
Lhe tenho como,
A melodia do lembrar..

Sou o eu do teu amor,
És o eu de minha flor
Só não lhe digo feliz,
Pois só o que tenho a rimar é nariz..

Emendo ideias velhas
A ideias novas,
Tenho algumas feias
E outras mortas..

Pela manhã digo-lhe, bom dia,
A ti e a distância entre nós..
Talvez, se estivéssemos a sós,
Tu me amaria..

Com uma lágrima vem o pranto,
Com o sorriso
Se vem o manto
Disposto a lhe abrigar..

Minha melodia do lembrar,
Meu amor sem me amar,
Me leva para brincar,
Brincar de nos amar..

Meu alento mais preciso
Meu amor mais indeciso,
Me leva para brincar,
Brincar de te amar..

Brinquei com o amor,
Que nunca quisera me dar,
Brinco com a chance de tu me amar,
Brinco com a felicidade, pois,
Quem brinca, feliz pode ficar.

sábado, fevereiro 26, 2011

-1beijo

Muita vez casa-me uma vontade,
de recordar o sabor do beijo.
Que você nunca me deu...

sexta-feira, fevereiro 25, 2011

Criancilidade

" Feliz seria eu,se me contaminasse,
com o sorriso descontrolado,
daquela criança.."

quinta-feira, fevereiro 24, 2011

"o tempo alimenta e faz crescer a ausência"

Dias

se todo hoje fosse como ontem,
se todo amanha fosse como hoje
viveriamos sempre defasados ?

terça-feira, fevereiro 22, 2011

Dor

A dor beija- me intensamente,
Não tenho o menor amor para com ela.
A dor deliba minha estrutura,
Desestrutura o que toca.
A dor me ama, me ama, me ama...
A música me toca, me toca , me toca...
Profundamente, somente a dor..
O tempo inibe a marca da dor,
Na pele,
Quanto ao coração,
Marcas jamais serão apagadas
Ou escondidas...

quinta-feira, fevereiro 10, 2011

Por vez

Muita vez me faço assim todo preguiçoso,
Muita vez me faço ladrão (atrapalhado) de versos,
Muita vez, apenas te busquei, a ti e tua atenção completa.
alguma vez me fiz esforçado , preocupado,
Oh! Deus, em vezes tudo que acudiu-me foi o travesseiro.
O tempo a todo tempo bate em minha janela por assim dizer :
- hei moleque preguiçoso, te despede da cama,
já está em hora de tu recorrer a teus autores,
um há de te “emprestar” alguns versos,
para que de uma bela menina tu venha a colher um belo sorriso
E brilho de olhar.
Por agora venho a me fazer esforçado,
A todos os cantos busco os mais lindos versos,
se me encontro triste visito os livros de Alvarez de Azevedo,
Se feliz a Carlos Drumond de Andrade.
Por agora abestalhado,
enquanto as pernas de meus anos eram bastante curtas,
as da imaginação e criatividade também.
Eu pegava um verso de um bom autor, bagunçava um pouco,
lia uma palavra ou outra de minha cabeça e enfiava por ali ao meio,
sim eu plagiava os versos,
as meninas desinteressadas por leitura, fácil seria dizer-lhes :
- Vim a trazer-lhe alguns versos que nasceram em minha mente
devido a sua suavidade e encanto.
Pela noite, deixo os poetas se descansarem de meus furtos,
enquanto durmo escrevo os meus próprios versos,
por outrora despido-me novamente da cama sem trazer comigo os versos,
desculpe-me leitor a memória também tinha perna curta.
Ao amanhecer atrevo-me a fazer tudo novamente,
a disponibilizar em mim um espaço a preguiça, a abestalhagem.
Gostaria de vos dar um abraço de ternura, poetas,
que por tempo imenso ajudaram-me.
Se lhe arrancasse um sorriso daria a ti, Alvarez de Azevedo,
Um bocado de flores, apesar de suas murchas flores haverem convidado as lágrimas
a saírem de mim por um instante.
A Oswald, com um sorriso largo diria :
algum dia de mim venha a “emprestar’ algum verso,
para compensar todos aqueles que de ti emprestei,
de ti e de também Machado de Assis.

O Rio e a Árvore

O rio, passeia, corre pra todo lado, e nunca se dispõem a ouvir alguém..
A árvore se economiza em correr e também não se dispõem a ouvir...
O rio passa por diversos lugares e não se tem a ver...algo ou alguém..
A árvore se tem no mesmo lugar, se tem nada a olhar...se não ver o rio passar.
O rio namora com as pedras e não se atreve a tatea-las.
A árvore se namora com a terra, e não se atreve a tatear.
Enquanto o rio viaja um mundo a árvore se limita a assisti-lo passar.
O rio não observa a árvore, e a árvore nada tem mais se não observa-lo.
O rio é tão próximo e tão distante.
a árvore é sempre mesmo lugar.
O rio pode lhe matar, a árvore também, porém,
O rio pode lhe banhar,acolher, a árvore também.
O rio e a árvore não se tem sentidos,
e são assim tão semelhantes a nós humanos.

segunda-feira, janeiro 03, 2011

Imaginação

Vê-se ali entre terra e
chuva, um sofá
esburacado.
Quanta besteira
de minha parte,
assim dizer, um sofá.
Um menino
cochichou-me aos ouvidos
que és um lindo
caminhão amarelo.

Dinheiro

Da boca do famoso
qualquer palavra
torna-se popular.
Quando trata-se
Do alguém sem dinheiro
tem-se a boca a calar.
O dinheiro não conhece ninguém,
todos o conhecem.
Ao dinheiro não cabe dizer uma palavra,
por ele, dizem todas.
O dinheiro não pensa,
pensam nele.
Ele não cuida,
cuidam dele.
Ele não cria,
criam ele.
Ele não vive,
vivem dele.
Ele não importa-se,
importam-se com ele.
Ele não é a mulher ou o
homem de teus sonhos.
Porém, és alguém de
quem tu eis que sempre tem sonhado.
Ele não morre por ninguém,
muitos se morrem por ele.
O dinheiro é egoísta ?
Não, ambíguo amigo,
o egoísta é você.

Transformação de uma Rosa

Uma linda rosa branca,
a rosa da paz.
O que acontece se o sangue
de violência se derramar sobre ela?
Nascerá a rosa da paixão,
eis que agora a rosa é vermelha.
Assim se faz o amor,
ele nasce do sangue,
do sangue da dor.
Alguns escondem-se,
do amor,
da dor, ao menos assim pensam..
Dirigem-se ao álcool,
um álcool misturado a lágrimas...

sábado, janeiro 01, 2011

O Sol

Em horas o sol esconde-se,
foge da chuva.
Seus braços e suas pernas,
tenazmente brilhantes e calorosos.
Em horas o sol não se esconde mais,
casa-se com a chuva
e nos propõem o famoso casamento de viúva.
O sol em horas nos defronta,
traz luz a pálidos rostos hostis.
A nuvem, querida mamãe da chuva,
quando se da conta da separação
entre sol e chuva,
da a luz a raios pavorosos.
Quanto ao sol não se da ao luxo
de entristecer-se.
Pela manhã, após toda a tempestade,
se vem a brilhar novamente.

Secreto

O maior segredo profundo e estranho
está sempre guardado,
em uma caixa sem abertura.

domingo, dezembro 26, 2010

Infância

Ser criança é como uma arte,
grandes sorrisos coloridos ..
coloridos e descontrolados..
A infância jamais ira nos visitar ..
o tempo faz somente a viagem de ida.
a chuva cai, e nunca cai outra vez,
a que cai já é outra chuva..
minha mente muito me traz a vontade de reviver
inúmeros momentos, ser criança..
amar enquanto criança, é realmente amar..
o amor de criança nada teme,
e a criança não muito entende..
os olhos brilham a encontrar,
tão procurados olhos.. ahh! o amor de criança..
gostaria de como criança ver-te,
viver-te, amar-te..
teus olhos as vezes parecem
encontrar partículas de você
adentro de minha cabeça.
que passe o tempo, que caia a chuva,
e que a minha mente de criança
sempre fique junto de mim.
a dama noite,
é amiga de todo aquele,
que não tem amigo..
o silêncio chora,
por não conseguir expressar.
Um mundo de palavras.

Perdido

Sinto-me perdido
em um mar de
mesmice...
O caminho certo
acaba ficando
longe demais.
O teu olhar
que me guiava
agora não
guia mais..
Os teus passos
agora, tomam
direção
contrária.....
o som apenas de meus passos,
meu rosto sorrindo e
minh'alma chorando.

Lágrima

Em tua mente vivo!
E por ti, morro,
a cada dia,
de minha
vida

miserável ...

domingo, dezembro 19, 2010

o meu muito obrigado ao colégio mahatma gandhi

A todos da equipe do colégio mahatma gandhi e também
A todos os meus colegas de classe...



Me desperta a inveja, aqueles que sabem bem administrar o sentimento da saudade.

A nostalgia engolirá meu tempo, quanta lembrança irá ficar alojada, coração que ficara repartido em gavetas, cada gaveta se encarregara de vários bons momentos, e quanto aos ruins deixarei o tempo apagar.

Até aqui quantas palavras já usadas, mas até então não usei aquela da qual vem a ser o motivo da caneta estar em minhas mãos neste momento.

Quero dizer obrigado a todos os professores e funcionários que dos alunos do colégio em sua trajectória de estudo nada menos são , se não uma família, por de trás de cada pessoa desse colégio, existe uma história.

A canção diz “ a vida é uma escola “, peço permissão ao autor , que me deixe não discordar mas inverter a frase, “ a escola é uma vida “ .

Um obrigado carregado de lágrimas ao interior de mim, no momento misturam-se os sentimentos de alegria e tristeza, tristeza que veste roupa de despedida.

Espero futuramente rever muitos da família que fiz dentro deste colégio, se não vos lembrar os nomes, peço que não se zanguem comigo, o importante é lembrar do coração, ele que acolhe, chora e entende.

Ao Fundo de Mim

Se lhe quero dizer alguma coisa,
espero até que todas as palavras se
tenham ido embora,
até mesmo os versos furtados.
Para que reste somente pureza e sinceridade
na voz de meu coração....

sábado, dezembro 04, 2010

Os meus olhos escreveram
seu nome no céu,
agora se vão a chorar.

Pobre menino doente

Quão bonito é para meus olhos ver mamãe
levantar-se tão cedo de sua cama.
Pobre menino doente.
- mas espera, hei moço, o do cigarro a boca. Pode dizer-me que horas são ?
- sim, menino do nariz engraçado.
São três horas e vinte e um minutos da manhã.
Como havia dito pela manhã,
e bem pela manhã mamãe retira seu corpo da cama.
Pobre menino doente.
Veja como é gostoso ter uma mamãe assim,
que no meio da noite,
para guardar o seu corpo entre as cobertas
interrompe seu sono, também para sair em meio a frio,
a busca de um doutor, alguém que
remanse seu corpo agitado pela febre, pobre menino doente.
Se vossa mãe não faz isso por você, faça você por ela ...

Flor

A bela flor não é aquela que encontra-se em sua mão,
mas aquela que esta na terra espalhando seu odor.
Os homens que passam sentem seu perfume e avisam a memoria
dos dias felizes de sua vida.
A vida vai passando e nem sempre novos dias vão se construindo
as flores vão sendo arrancadas.
Que triste a face do vento que vai tendo menos flores a beijar.
A pele, única capaz de ouvir a voz do silêncio,
ouve também a voz do perfume que emana de ti.
Enquanto alguns tem pressa de ver seu cabelo mudar de cor,
de ver sua vida se perder por falta de amor,
alguns com lágrimas de esperança cultivam
sempre a flor plantada na terra.. Agora vem
o vento sorrindo para um novo jardim.

sexta-feira, novembro 05, 2010

Beleza

A beleza independe dos traços de seu rosto,
do dinheiro de seu bolso,
da marca de seu sapato,
de seu comportamento à mesa,
de seu horário de levantar,
de suas ocupações.

A beleza que demonstrada em um rosto
não cabe no bolso e não calça sapato,
não almoça, dorme ou se ocupa.

A alma é a beleza que nem mesmo
a morte pode nos tirar.
A alma é a beleza, independe do corpo
e vive pós a morte.

Deixe-me Sonhar

Acordo de olhos fechados,
perdidos em deslumbrantes sonhos.
Me nego a fugir de minhas ilusões,
deixe-me de olhos fechados, então feliz.

O clima frio, águas verdes,
cenário das asas que nascem das lágrimas.
Neste triste sonho, me encontro bem,
o amanhecer nasce calado e com tamanha timidez.

Outrora que se vai dizendo perdidamente,
lugar nenhum é meu lugar,
sigo para onde o vento guia.

As mãos que tentam acordar-me,
tentam tirar-me
tudo que me resta.

Vida Nova

Os meus lábios pedem os seus
assim como o amanhecer do dia pede a luz do sol.
As minhas mãos pedem as suas
assim como a solidão pede a escuridão da noite.
Ciência alguma poderia explicar minha necessidade de ti.
Seguras- te tenazmente minha mão e disseste – me
que estaria presente no amanhecer de cada dia,
disseste - me que não importaria se na luz ou na falta dela
estaria sempre comigo.
Eis que havera esquecido de suas palavras.
A luz não te deixa adormecer,
a treva não lhe deixa escapar.
Abandonara os mais tranquilos dias de sua vida.
Aderiu a crises incontroláveis.
Sua vida vive a se entrelaçar em
um passado que não cala sua voz.
Eis escolhido o começar e o terminar
de seus mais novos dias.

Desordem?

Onde está o mundo ?
O que é o mundo ?
Ordem Desordenada ?
Perfeição Imperfeita ?

Trabalhamos pra viver ?
Vivemos para trabalhar ?
Alimentar com o que se tem ? ( isso da conta ? )
O que não tem da conta de alimentar ?

Qual seria a solução?
Dos meus versos sem explicação ?
Uma faca ou arma de ladrão ?

Sofrer por estar sozinho ?
Por não ter caminho ?
O que levara o espinho para longe de meu pé ?

O mundo na mão do homem é como a faca na mão de uma criança.
Os homens não sabem cuidar, respeitar, unir, ouvir.
A bagunça de algumas palavras talvez mostre a bagunça do mundo.

domingo, outubro 31, 2010

De - me Você

Ficaste triste ?
deixe-me consolar teus olhos
pra que as lágrimas não caiam..
deixe-me proporcionar-te o calor do meu corpo
de -me um abraço
façamos a tristeza velejar para aquele mar distante
aquele .. do qual nunca iremos visitar
de -me tua mão
colocá-la-ei em meu peito
e sentira a euforia de meu coração
a sentir teu toque..
*minha poesia não nasce
quando sento pra escreve.
ela nasce quando meus olhos encontram os seus
ela nasce quando minhas palavras encontram as suas.

Belo Dia

hoje o céu amanheceu
risonho feliz,
encantador.
quando paro e olho melhor
vejo o teu rosto
fazendo companhia
a lua e suas estrelas...

Começo

A aurora do amor
me faz sentir agradáveis sensações.
Finjo não conhecer-te
e a cada dia reapaixono-me por você.
A cada momento em que meus olhos
encontram-te
reapaixono-me.
Se não encontram, encontro-te em meus sonhos.
Tudo que eu vivo enquanto durmo
é tudo que eu gostaria de viver
após a noite desmanchar sua treva.
Se já não tenho o que dizer,
procuro não dizer.
Busco teu olhar, seguro minhas pernas
para que parem de tremer.
Meu sorriso e minha lágrima
desenham o meu rosto,
assim, ao verem afastar-se.
Lágrima, não disseste que volta.
Sorriso, deixaste-me a esperança de vê-la voltar.

Muito Queria Ser

Quem dera eu fosse poeta,
pra consegui escreve o quanto é importante o que eu sinto
Quem dera eu fosse um músico,
para que minha melodia falasse o que eu sinto.
Quem dera eu fosse um ator,
pra interpreta a importância de meu sentimento.
Quem dera eu fosse alguém
que entendesse o que tem,
que sabe dizer o que é amar.
Quem dera eu fosse a musica que você ama.
Quem dera eu fosse
a felicidade que você chama.
Quem dera eu ...pudesse sentir-me um poeta
que te abraça com as palavras,
um musico
que te leva algumas lágrimas.
Quem dera eu fosse um poeta, importante,
que entende e sente ,
o que é você chamar.

Pensamento

Viagem para dentro de minh'alma
para dentro do âmago de meu ser.
Caminho em um chão desnudo e inexistente.
Mundo do qual somente eu conheço,
onde conheço coisas que nunca vi ou toquei,
onde senti coisas que nunca senti.
Meu pensamento, meu mundo irreal,
único que me permite a vivência de coisas impossíveis.
Neste lugar, viajo ao distante sem sair de meu lugar.
Em noites, sou habitante único,
em outras, o céu me faz companhia
e por fim, você, a pessoa inesperada,
como um espectro turvo , irrompe.
Meu pensamento administra o que vivi,
meu pensamento administra o que viverei,
o que gostaria de viver
e o que nunca sentirei.

sexta-feira, setembro 10, 2010

Primavera

Inverno, no mundo inteiro é o mesmo inverno. Notamos apenas a sua diferença de intensidade. Mas onde quer que ele tenha vida este inverno esconde atrás de sua vida gelada as mais lindas e vivas cores de um mundo já não tão rico em tais.

O homem que em um inverno tanto espera dias melhores vê ao longe alguém que trará vida a estas flores que se escondem, que tirará aquelas crianças enroladas em cobertas do sofá pra brincarem com as longas diversidades de cores da primavera.

Vejam! É a primavera que vem, que vem e muda todo o astral do clima. Pintará o céu com um azul mais azul e sorrirá assistindo a vida que propõem aos homens.

Desenterra os sorrisos que no inverno são escondidos. Doce primavera, chega e nos lembra que somos vivos e ainda temos grandes lugares e grandes motivos. Cobertores floridos, mantas de rosas. A vida simples na primavera, a bela vida na primavera.

Oh primavera que lembra-me a aurora de minha vida, perdia-me nos dias, no tempo. Me enriquecia de risos e riso, havia em mim a inocência que o homem jamais terá. Sorrir a esmo e o tempo todo é o passa tempo de cada criança que não entende o mundo em que vive.

O grande teatro tem como grande cenário esta primavera que grava sua presença nesse ciclo do calendário com sua fantástica forma de chegada e de saída.

Minha Imagem

Solidão, o que nos leva a necessidade de não querer ao menos a própria companhia,a nos querer distante até mesmo da própria imagem no espelho. Leva-nos a uma realidade alternativa, cuja qual nós próprios podemos escolher, sentir, escutar, é tudo um escape pra não falar com o mundo ou talvez até mesmo fugir dele.É difícil dialogar com o mundo quando me encontro na circunstância de que dialogar é a pior coisa que eu poderia fazer. Relacionar-me com o silencio e companhia alguma faz com que eu descubra quem sou, faz com que eu desenhe meu próprio universo, seja ele até mesmo paralelo, não sei..E como é difícil acordar sem minha própria essência, a desconheço quando tento fugir dessa solidão, talvez seja por isso que a prefiro que a venere ou apenas a tolere!Eu ter uma grande relação com minha solidão não me traz um caminho muito luzido a percorrer. Cultivo a solidão de forma que consigo com facilidade afastar todos a minha volta...O paradoxo que é a minha cabeça desperta o interesse das pessoas na questão “distancia de mim”...Assim me torno próprio, único, não que todos não sejam, mas eu em minha lucidez torno-me alvo de grande inspiração...Ainda acho que a solidão vai acabar comigo, ou apenas me tornar uma pessoa melhor, por que em um mundo assim, poucos são os que se salvam...Mas voltando "a mim e eu mesmo" creio que alguém há de se encorajar com tanta audácia... Espero! A meu respeito joguei fora os manuais de instruções, nem mesmo os li... Não me entendo e também não faço questão...O que importa é que a solidão ensina a viver consigo mesmo é por isso que todos precisam de um pouco de solidão...E mesmo que muitos decidam por mim qual caminho devo seguir sou eu quem ordeno meu caminho, e no final terei vivido minha própria vida, coisa que cada vez se torna mas rara, mas impenetrável em mentes humanas, afinal ninguém é dono da verdade, pessoas são sim importantes, sentimentos tão irrelevantes, mas e eu? Tenho esse direito de descobrir quem sou ao viver por alguém, ou sendo alguém que desconheço, realmente eu não presto!

Escrito por Juan Pablo e Jessika Bartko

quarta-feira, julho 21, 2010

" Me deixe morrer conhecendo o sabor de seus labios"

Essas suas púrpuras mãos que a pouco desvelavam meu rosto..
Nestes loucos sonhos incontroláveis,
Jogam pedra em meu corpo..
Neste insípido mundo real,
teus lábios que me chamam e não me desejam..
afogam-me, inebriam-me.. afastam-me dos sonhos..
A insistência nessas palavras deprimentes
seria pela falta de força que a felicidade tem em minha vida ..
De longe, respirar você, amar, desejar..
Teus lábios chamam e não desejam
estes meus lábios
que desejam e, não te chamam...

quarta-feira, julho 14, 2010

Fim



O dia chega a seu fim com a vinda da noite...
A noite chega a seu fim com a vinda do dia....
Assim segue-se a vida ..dividida em luz e escuridão..
A todo momento um novo fim é encontrado, por alguma coisa, motivo ou razão...
E tuas tristezas que tal fim não lhe cede a paz.. não iram embora ?
Essas tuas lágrimas andam a regar e cultivar essa dor..
Amas tua dor. Ciente estas que tua felicidade a pouco encontrou a morte..
Dispensas as mais vislumbrantes cores, as mesmas que se perdem em teu frio mundo , fechado a elas ...
O doce perfume e cor desta rosa, em tuas mãos, encontram seu fim..
O perfume adormeceu
e a cor
se perdeu.

sexta-feira, junho 04, 2010

Espera

Frágil sáude,
Cigarro máldito, que me leva os sonhos...
Assim, como teu corpo queima,
minha vida acaba.
É o paradóxo que descute comigo,
quanto mais vivo, menos vida eu tenho..
Levaram-me as mãos tateantes
e as volúpias da vida.
O tempo corre sem cansar..
Meu insípido ser, espera,
inebria-se, aprecia a aragem..
Espera...
A mãe de todas as sombras
que irá irromper e tirar-me o direito a eutanásia,
emudecerá a minha fátiga vida....

quinta-feira, junho 03, 2010

Sua Imagem


O advento de sua imagem.
Oh a sua imagem,
essa que o tempo havia deixado turva em minha mente...
Mas esse sentimento demasiado não some..
um sorriso teu.. e as nuvens me abraçam...
O alento de seu sorriso afaga o meu corpo
e me leva ao âmago da vida..
Transito com as mãos tremulas,
pelas ruas mais escuras e vazias.
Essa nostalgia me coacerva dias horríveis..
Adormenta minha dor,
Suscita um sorriso meu,
e me convida a luz...
Amar sem preocupar-me a mercê,
somente com os desluzidos dias
que trazem as palavras
que deitam-se no papel...

terça-feira, junho 01, 2010

"Fim de um Começo, que Nunca Começo"


As minhas várias tentativas de dizer estou aqui, foram todas falhas. Você nunca olhou pra mim!
Não me viu chora, Não me viu sofre..
Tudo isso por você.
E teu amor?
Ele não é pra mim.
Quem passo o levou de mim.
Nem mesmo a poesia me consola,
perderam-se todas aquelas palavras alegres e bonitas,
a minha volta, é triste demais...
Esse mundo acabou me deixando cada vez mais próximo
de desistir, de me entregar..
A morte é muito mais fácil, a vida é cheia de suas lições..
Como diz a canção: "a vida é uma escola"
e não sou mais aceito..
poucos estariam a lembrar de mim.
A minha ausência estaria voltada a poucos,
poucos derramariam lágrimas verdadeiras..
poucos amam-me...
Embora ame todos a minha volta..
Cada um de uma forma diferente...
"As minhas lágrimas,
formam um lago, onde me afogo
e fico só....."

Vida


Vislumbra o meu passo.
Vida dolente e nefasta.
Dê - me um abraço.
Pare! já basta.

Quem dera fosse indolente!
Efémeras soluções
a um mundo doente,
não são ilusões!

Desatinar com as mãos do tempo,
que não me leva a vida aborrida.
Nunca isento
de uma lágrima escorrida..

Indulto, meu jamais terás !
Apesar,
da chama não se apagar..

domingo, fevereiro 21, 2010

Amor

Já faz muito tempo que a sua voz, e suas palavras de carinho foram embora.
Já faz muito tempo que o teu olhar desviou- se a olhar outro alguém ...
Já faz muito tempo que não me encontro , digo a mim mesmo que nem noto a tua ausência...
Mais sei que a mim mesmo é impossível mentir .. o lugar q tu ocupava encontra – se vago aqui..Pessoas passam mas não o completam assim como fizeste .
.Porque? Quando vejo – te a vontade dos meus passos é seguir sua direcção?..
Sabem..Que quem um dia foi embora .. esse alguém foi você ...foi você quem partiu ..
O meu sentimento é muito maior do que um orgulho, todas as feridas que me causas- te, deixas – te, Não são o suficiente o bastante para que me façam sentir ódio de ti ...
Não são o suficiente pra apaga o que eu senti, o que eu sinto..minha paz..você levo embora..
Fez com que o meu sorriso vivesse escondido ..
Mais ainda sim meu coração nunca te esqueceu..encontra-se apertado quando te vê ...e mais apertado ainda quando não vê...
Minhas pernas querem me levar até você, nada me impede de te querer...
Mas nada do que sinto tu sentes..nada do que sinto me trará de volta quem um dia partiu...
Enterrarei o meu sentimento ... deixarei – te em paz..procurarei levar as dores sozinho..
Você siga.. nunca pare pra olhar pra trás ..
Você fez de tudo pra mim te deixa e então você vê que realmente as pessoas só dão valor quando perdem..enfim a vontade de te deixar nunca veio e quem aprendeu fui eu ...
que é impossível o amor pra nós dois ...

sábado, fevereiro 20, 2010

Olhos Luzidos..

Olhos luzidos, sérios .. objetividade no observar o seu eu..
Coração de solo natento, molhado com as minhas lágrimas..
chorei no seu abraço q me dizia "ADEUS"
és bela assim como em uma rosa há tamanha beleza
mas assim como em uma rosa há espinhos você tambem os possui..
tempo passa...o teu coração torna - se inapto ao recomeço.
Coração fleumático...és meu este coração ..
nos dias que perdem a vida com a chegada da noite,
nos dias que a luz do sol se apaga e as estrelas se escondem assim perdendo sua cor ,
o seu brilho eu lembro.. do quão forte pode ser um abraço...
a flãmula extinguese sem se apagar "RECORDAÇÕES"..
Fantasmas que vivem a me visitar .. verei - te um dia usar o flâmeo ao meu lado a responder ?