domingo, fevereiro 27, 2011

Sorrisos

Muito me espanta,
a tamanha facilidade que tens,
de me colher sorrisos..

Brincando de Amor

Talvez tu me ame..
Ama-me de mansinho,
Ama-me de quietinho
Minhas palavras lhe vestem
Assim como meu carinho..

Como refrão
Entras em meu coração, a cantar..
Lhe tenho como,
A melodia do lembrar..

Sou o eu do teu amor,
És o eu de minha flor
Só não lhe digo feliz,
Pois só o que tenho a rimar é nariz..

Emendo ideias velhas
A ideias novas,
Tenho algumas feias
E outras mortas..

Pela manhã digo-lhe, bom dia,
A ti e a distância entre nós..
Talvez, se estivéssemos a sós,
Tu me amaria..

Com uma lágrima vem o pranto,
Com o sorriso
Se vem o manto
Disposto a lhe abrigar..

Minha melodia do lembrar,
Meu amor sem me amar,
Me leva para brincar,
Brincar de nos amar..

Meu alento mais preciso
Meu amor mais indeciso,
Me leva para brincar,
Brincar de te amar..

Brinquei com o amor,
Que nunca quisera me dar,
Brinco com a chance de tu me amar,
Brinco com a felicidade, pois,
Quem brinca, feliz pode ficar.

sábado, fevereiro 26, 2011

-1beijo

Muita vez casa-me uma vontade,
de recordar o sabor do beijo.
Que você nunca me deu...

sexta-feira, fevereiro 25, 2011

Criancilidade

" Feliz seria eu,se me contaminasse,
com o sorriso descontrolado,
daquela criança.."

quinta-feira, fevereiro 24, 2011

"o tempo alimenta e faz crescer a ausência"

Dias

se todo hoje fosse como ontem,
se todo amanha fosse como hoje
viveriamos sempre defasados ?

terça-feira, fevereiro 22, 2011

Dor

A dor beija- me intensamente,
Não tenho o menor amor para com ela.
A dor deliba minha estrutura,
Desestrutura o que toca.
A dor me ama, me ama, me ama...
A música me toca, me toca , me toca...
Profundamente, somente a dor..
O tempo inibe a marca da dor,
Na pele,
Quanto ao coração,
Marcas jamais serão apagadas
Ou escondidas...

quinta-feira, fevereiro 10, 2011

Por vez

Muita vez me faço assim todo preguiçoso,
Muita vez me faço ladrão (atrapalhado) de versos,
Muita vez, apenas te busquei, a ti e tua atenção completa.
alguma vez me fiz esforçado , preocupado,
Oh! Deus, em vezes tudo que acudiu-me foi o travesseiro.
O tempo a todo tempo bate em minha janela por assim dizer :
- hei moleque preguiçoso, te despede da cama,
já está em hora de tu recorrer a teus autores,
um há de te “emprestar” alguns versos,
para que de uma bela menina tu venha a colher um belo sorriso
E brilho de olhar.
Por agora venho a me fazer esforçado,
A todos os cantos busco os mais lindos versos,
se me encontro triste visito os livros de Alvarez de Azevedo,
Se feliz a Carlos Drumond de Andrade.
Por agora abestalhado,
enquanto as pernas de meus anos eram bastante curtas,
as da imaginação e criatividade também.
Eu pegava um verso de um bom autor, bagunçava um pouco,
lia uma palavra ou outra de minha cabeça e enfiava por ali ao meio,
sim eu plagiava os versos,
as meninas desinteressadas por leitura, fácil seria dizer-lhes :
- Vim a trazer-lhe alguns versos que nasceram em minha mente
devido a sua suavidade e encanto.
Pela noite, deixo os poetas se descansarem de meus furtos,
enquanto durmo escrevo os meus próprios versos,
por outrora despido-me novamente da cama sem trazer comigo os versos,
desculpe-me leitor a memória também tinha perna curta.
Ao amanhecer atrevo-me a fazer tudo novamente,
a disponibilizar em mim um espaço a preguiça, a abestalhagem.
Gostaria de vos dar um abraço de ternura, poetas,
que por tempo imenso ajudaram-me.
Se lhe arrancasse um sorriso daria a ti, Alvarez de Azevedo,
Um bocado de flores, apesar de suas murchas flores haverem convidado as lágrimas
a saírem de mim por um instante.
A Oswald, com um sorriso largo diria :
algum dia de mim venha a “emprestar’ algum verso,
para compensar todos aqueles que de ti emprestei,
de ti e de também Machado de Assis.

O Rio e a Árvore

O rio, passeia, corre pra todo lado, e nunca se dispõem a ouvir alguém..
A árvore se economiza em correr e também não se dispõem a ouvir...
O rio passa por diversos lugares e não se tem a ver...algo ou alguém..
A árvore se tem no mesmo lugar, se tem nada a olhar...se não ver o rio passar.
O rio namora com as pedras e não se atreve a tatea-las.
A árvore se namora com a terra, e não se atreve a tatear.
Enquanto o rio viaja um mundo a árvore se limita a assisti-lo passar.
O rio não observa a árvore, e a árvore nada tem mais se não observa-lo.
O rio é tão próximo e tão distante.
a árvore é sempre mesmo lugar.
O rio pode lhe matar, a árvore também, porém,
O rio pode lhe banhar,acolher, a árvore também.
O rio e a árvore não se tem sentidos,
e são assim tão semelhantes a nós humanos.